Falta a “cereja”. A realizar um excelente percurso, materializado com o apuramento para a Final da Taça Nacional, a equipa de Sub-16 Masculinos do Ginásio Figueirense quer vencer a competição e, assim, terminar em beleza uma época a todos os níveis positiva. Em entrevista concedida ao BC, o jogador Ruben Carvalho falou em nome do grupo e deu conta da confiança com que todos partem para Alijó, onde amanhã defrontam a Sanjoanense (17H00). “Estaria a mentir se dissesse que o nosso objectivo não é ganhar”, afirmou.
Está a ser uma época "em cheio". No teu entender a que se deve este bom percurso da equipa?Esta época é o resultado do trabalho desenvolvido ao longo de vários anos. Conhecemo-nos todos muito bem (jogadores e equipa técnica), e isso tem-se vindo a reflectir nos bons resultados obtidos. Temos jogadores técnica e tacticamente muito capazes, consistentes, mas penso que o que realmente nos distingue é o colectivo extremamente forte e a amizade que cultivamos dentro e fora do campo. Já alguém dizia que “o todo é mais forte que a soma das partes”…Além disso, claro, trabalhamos imenso para atingir os nossos objectivos.
Que importância teve para o grupo a participação na Taça Nacional e o apuramento para a Final?Temos uma equipa relativamente jovem, com muitos jogadores de primeiro ano de Cadetes, e por isso penso que esta competição fez-nos ganhar experiência e tornou o nosso jogo mais maturo. Encaro o apuramento para a final como uma “recompensa” pelo nosso esforço.
Com que estado de espírito vai o grupo encarar este momento de decisão?Com confiança e uma enorme gana de ganhar. A equipa está extremamente mentalizada para o desafio em mãos e, além disso, temos jogadores que estão preparados para o “nervoso miudinho” que uma final invariavelmente envolve. O nosso treinador também tem sabido lidar com estes jogos muito bem, afastando de nós toda a pressão.
A Sanjoanense é uma equipa que conhecem bem. Tratando-se de uma final, como achas que as duas equipas vão "encaixar" uma na outra?Partimos para a final com a “lição bem estudada”. Sabemos das potencialidades do Sanjoanense, do que são capazes ou não de fazer. Sabemos que têm jogadores tecnicamente dotados mas que, com uma defesa consistente e concentrada, serão facilmente anulados. Também estamos conscientes que, após dois jogos (que resultaram em duas vitórias nossas), eles estarão mais preparados para este jogo, com uma mentalidade diferente. Por isso adivinho um jogo interessante.
Objectivos com que a equipa parte para a final? Ganhar é importante?Estaria a mentir se dissesse que o nosso objectivo não é ganhar. Pelo trabalho desenvolvido dentro (e mesmo fora) das quatro linhas, é justo afirmar que “merecemos”. No início desta competição sabíamos do que éramos capazes e estamos a demonstrá-lo. A vitória será “a cereja no topo do bolo”, um sentimento de “missão cumprida”.
Apesar de o jogo se disputar a cerca de 300 kms da Figueira da Foz, a equipa vai contar com o habitual apoio do público? Que importância atribuis a esse contributo que vem de fora do campo?Felizmente, temos tido um apoio enorme vindo das bancadas ao longo da época. Aliás, raramente sentimos que estamos a “jogar fora”. A motivação que recebemos do nosso público, nos bons e maus momentos, é imprescindível para o nosso desempenho. Só me resta agradecer a todos os pais, familiares e simpatizantes dos atletas que incansavelmente nos acompanham. Pessoalmente, gosto de dizer, e passe a expressão, que “o público é o nosso doping”.
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